Nos últimos meses, uma pergunta tem surgido com frequência nas conversas com meus mentorados, clientes e colegas de mercado: como o SEO vai sobreviver à SGE do Google?
A resposta curta é: não só vai sobreviver, como pode prosperar.
Mas a resposta longa e mais importante é que isso exige entender em profundidade como o Google está mudando sua forma de exibir resultados e como isso afeta quem depende de visibilidade orgânica para gerar negócios.
A Search Generative Experience (SGE) é uma das maiores revoluções na história do Google, e ao introduzir blocos gerados por inteligência artificial no topo dos resultados de busca, o Google começa a se posicionar não só como um motor de busca, mas como um motor de respostas.
Isso muda completamente a dinâmica do clique, do CTR e até da jornada do usuário.
Talvez você já tenha notado: a SGE gera um resumo da resposta, oferece links para sites (com sorte, o seu), e muitas vezes responde tudo antes mesmo do primeiro resultado orgânico.
E o tráfego que antes era seu pode simplesmente evaporar se você não estiver nos planos do Google para esse novo formato.
A boa notícia?
Ainda dá tempo de se posicionar estrategicamente e o que vou te mostrar a seguir não é uma previsão alarmista, é um guia direto, com base em testes, análises de mercado e sinais claros do que o Google espera dos sites nos próximos meses.
Se você é CMO, diretor de marketing, head de growth ou especialista em SEO, continue comigo porque o que está por vir pode definir o sucesso (ou o desaparecimento) do seu canal orgânico em 2025.
Agora, vamos ao que interessa.
Neste Artigo Você Vai Ver:
O que é a SGE e por que ela muda tudo?
A Search Generative Experience (SGE) é o projeto do Google que integra inteligência artificial generativa (como o Gemini) diretamente na página de resultados.
Em vez de mostrar apenas links, a SGE cria uma resposta em linguagem natural no topo da SERP com o que teóricamente seria um resumo do que seria a “melhor resposta” para a busca do usuário.
Esse bloco pode conter:
- Uma explicação textual com parágrafos gerados por IA;
- Imagens e vídeos relacionados;
- Links (nem sempre clicáveis) para os sites que supostamente embasaram a resposta;
- Carrosséis ou listas interativas com sugestões adicionais.
O objetivo declarado do Google é “reduzir a fricção na descoberta de informação”, mas o impacto real, para quem trabalha com SEO, é outro: O tráfego orgânico que antes era distribuído entre os 10 links da primeira página passa a ser direcionado — ou bloqueado — por esse resumo no topo.
Segundo estudos recentes da SparkToro e da Ahrefs, a SGE pode reduzir o CTR do primeiro resultado orgânico em até 30%, dependendo do tipo de busca.
Em pesquisas informacionais e transacionais simples, o Google tende a responder tudo direto no próprio ambiente, sem que o usuário precise sair da página.
E isso é ainda mais grave para sites de Empresas, Startups e SaaS que dependem de explicações educativas para atrair leads.
Quais tipos de conteúdo tendem a desaparecer na SGE?
Se você já analisou como a SGE se comporta, deve ter notado um padrão: ela adora respostas diretas, concisas e contextuais.
Isso significa que muitos dos nossos textos de blog, FAQs e até páginas de categoria em ecommerces estão em risco.
Veja alguns exemplos de conteúdos que a IA do Google tende a “canibalizar”:
- “O que é…” + termo técnico: conteúdo explicativo básico, como “o que é inbound marketing”, tende a ser respondido sem nenhum clique;
- Comparações simples: buscas como “RD Station vs HubSpot” ou “Notion ou Evernote” são transformadas em quadros comparativos direto na SGE;
- Tutoriais simples e listas: “como fazer backup no Google Drive” ou “10 ferramentas de produtividade” agora aparecem em blocos organizados;
- Respostas de saúde, culinária e turismo: segmentos com alto volume de buscas informacionais estão entre os mais impactados.
É importante ressaltar: o Google está se baseando no conteúdo de sites reais para montar essas respostas.
Ou seja, se o seu site oferece boa cobertura, ele pode ser fonte da resposta e aparecer nos links referenciados pela SGE.
Mas nem sempre isso gera cliques. A posição ali é uma vitrine, não uma garantia de tráfego.
Como se destacar: o novo jogo do SEO na era da SGE
Agora vem a parte mais estratégica: como se posicionar dentro (ou ao redor) da SGE?
Com base nos últimos testes que fizemos com nossos sites (tenho 41 domínios aqui só pra rodar testes e não testar site de cliente) e benchmarks de mercado, aqui estão os pontos mais críticos:
1. Produza conteúdo com First Principles Thinking
A SGE valoriza conteúdos que oferecem visão original, não apenas compilações.
Isso significa sair do básico e explicar conceitos com profundidade, com raciocínio próprio.
Aborde temas como se estivesse explicando algo inédito, e não apenas reformatando o que já está no topo do Google.
2. Invista em entidades e dados estruturados
A IA do Google se alimenta de entidades bem definidas.
Use dados estruturados e marcação semântica para destacar produtos, reviews, perguntas, eventos, etc.
Isso ajuda a IA a entender seu site como fonte confiável.
3. Crie conteúdos com autoridade
O Google está valorizando cada vez mais E-E-A-T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness).
Assine seus conteúdos com nome, cargo e perfil social do autor, mostre experiência prática.
Isso ajuda a IA a entender que seu conteúdo não é só útil — é confiável.
4. Otimize para perguntas complexas
A SGE se sai pior quando a pergunta é ambígua, profunda ou contextualizada, e isso é uma brecha.
Crie conteúdo que responda “por que”, “como”, “quando compensa”, “quais são os riscos”, pois. a IA frequentemente referencia essas respostas e aí seu link tem mais chances de aparecer.
5. Use vídeos e imagens com contexto
Conteúdos multimídia estão sendo puxados pela SGE para enriquecer as respostas.
Vídeos curtos no YouTube, infográficos bem otimizados e imagens com alt text descritivo têm mais chances de serem incluídos no resultado gerado.
6. Atualize conteúdos com frequência
A IA privilegia fontes recentes. Ponto!
Logo, atualize posts antigos regularmente, refine dados e mostre ao Google que seu conteúdo está vivo.
Além disso, o conteúdo atualizado ajuda a combater respostas ultrapassadas que a IA ainda não corrigiu.
Análise estratégica: Onde estão as oportunidades?
A SGE pode parecer uma ameaça, mas também representa uma oportunidade para quem pensa SEO de forma estratégica.
Em vez de focar só em tráfego, comece a pensar em visibilidade, autoridade e presença de marca nos resultados do Google.
Aqui vão algumas ideias práticas:
- Se você é uma Startup ou SaaS B2B, foque em conteúdo que responda perguntas que um decisor faria antes de contratar;
- Para ecommerces, invista em conteúdo de comparação e escolha de produto, com foco em contexto de uso, e não só especificações;
- Para profissionais de marketing pessoal ou consultoria, aposte em conteúdos opinativos e diagnósticos personalizados que a IA ainda não consegue gerar com precisão.
Além disso, use ferramentas como SemRush, o SGE Radar (da Authoritas) e o SGE Monitor (da BrightEdge), para acompanhar quais buscas já ativam a SGE, e onde sua marca aparece.
Finalizando: O SEO continua, mas o jogo mudou.
A SGE é o maior abalo sísmico no SEO desde a chegada da busca semântica.
Ela muda a dinâmica de tráfego, CTR e até a função dos conteúdos dentro do funil de vendas.
Se antes nosso desafio era ranquear, agora é ser citado, referenciado e reconhecido pela IA (não só) do Google como autoridade legítima no assunto.
Isso exige uma mudança de mentalidade: menos foco em volume de palavras-chave e mais foco em entendimento de intenção, profundidade e confiabilidade.
Não adianta mais “otimizar para o Google”.
Agora, é preciso treinar a IA do Google para reconhecer seu site como fonte de verdade, e isso passa por conteúdo de alta qualidade, marca forte, autores com autoridade e uma arquitetura técnica impecável.
Minha recomendação é clara: comece hoje a revisar seu conteúdo sob a ótica da SGE.
Identifique páginas que serão canibalizadas e transforme-as em peças estratégicas aprofundando, contextualizando ou migrando para outros formatos (como vídeo, por exemplo).
Se você atua em cargos de liderança em marketing ou SEO, trate a SGE como um movimento inevitável e, como em toda revolução, quem se antecipa constrói vantagem competitiva.
Nos próximos meses, veremos vencedores e perdedores claros nessa nova era do SEO.
E quem entender primeiro o jogo da IA (não só do) do Google vai sair na frente.
Afinal, como eu digo:
Se você tem resultados e um método, você tem Sucesso.
Se você tem resultados e não têm um método, você tem um Acidente!
E claro, se precisar de ajuda para alinhar sua estratégia, é só me chamar, estou aqui para isso, vamos conversar!
E claro, se sua empresa deseja alcançar resultados mais expressivos na era moderna do SEO (inclusive no Rankeamento para I.A.), considere investir em uma mentoria especializada, como a minha Mentoria de SEO de Performance.
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Seja você quem for que está envolvido em SEO, espero ter lhe ajudado, e até a próxima edição dessa newsletter toda terça-feira às 10:00 da manhã (hoje excepcionalmente mais tarde, por motivos técnicos, pessoais e tudo mais), com mais conteúdo denso e estratégico, para lhe ajudar a obter cada vez mais resultados com SEO.